Dupla Esportiva
A rodada de domingo foi ainda mais bizarra que a passada. Tudo aquilo que os matemáticos podiam dizer como “praticamente impossível”, aconteceu novamente. Flamengo não apenas ganhou do Corinthians, como São Paulo perdeu pro Goiás, Palmeiras voltou do coma apático que se encontrava e o Fluminense descarregou toda a raiva do LDU em cima do Vitória, com uma ajuda do Botafogo que perdeu pro furacão paranaense.
A rodada de domingo foi ainda mais bizarra que a passada. Tudo aquilo que os matemáticos podiam dizer como “praticamente impossível”, aconteceu novamente. Flamengo não apenas ganhou do Corinthians, como São Paulo perdeu pro Goiás, Palmeiras voltou do coma apático que se encontrava e o Fluminense descarregou toda a raiva do LDU em cima do Vitória, com uma ajuda do Botafogo que perdeu pro furacão paranaense.
Essa semana o espetáculo chegará ao fim. Da mesma forma que eu, tempos atrás, citei aqui nesse mesmo espaço a alusão à primeira parte da quadrilha de Drummond ao relembrar sobre a “troca de presentes” entre Flamengo, Grêmio e São Paulo, vejo novamente a estória acontecer. Só que dessa vez foi o São Paulo quem embrulhou o campeonato para presente e deixou na porta do Olímpico para o Grêmio decidir se deixará ir ou não para dentro dos portões da Gávea.
Grêmio que tem em mãos o futuro do Inter, seu arquiinimigo e maior rival no RS, com direito a declarações apaixonadas de torcedores e, pasmem, jogadores, de que “entregar” o jogo ao Mengão é a melhor coisa a ser feita. Semana passada a bola da vez era o Corinthians, a quem, dizem, foi solicitada “uma ajuda pra ferrar o São Paulo”. Se foi feita ou não, duvido muito que digam, mas perder de 4x2 pro Goiás não facilitou mesmo a vida dos tricolores paulistas, ainda que o goleiro corinthiano tenha permanecido em posição de estátua na cobrança do pênalti flamenguista ao final do jogo.
O “entrega” essa semana vai gerar enorme especulação, o que já fez a diretoria do Grêmio voltar atrás em muitas declarações. O mais nojento serão as possíveis denúncias de mala branca, compra de arbitragem, chantagens e apelos emocionais que veremos diariamente até o mais do que esperado confronto de domingo.
O que poucos se deram conta é de que apenas “entregar o jogo” não garante liderança de ninguém. Para isso Inter, Palmeiras e São Paulo vão ter que correr atrás dos seus prejuízos e ganhar seus jogos, alguns com grande diferença de gols para garantir o primeiro lugar.
Engraçado é que os defensores dos pontos corridos batiam no peito para dizer que dessa forma o campeonato estaria menos sujeito a falcatruas e armações. Posso estar enganada, mas estou vendo mais possibilidade de sujeira do que o Congresso Nacional. É material para parlamentar corrupto nenhum botar defeito!
Triste ver que o mais importante essa semana não será o desempenho futebolístico dos times em questão, mas a capacidade de acusar, refutar, reclamar, explicar, defender e atacar de dirigentes, jogadores, técnicos, arbitragem e torcedores. Que, mais que os jogos de domingo, todos estarão voltados para possíveis métodos nada ortodoxos que podem vir a ser usados para favorecer ou prejudicar A ou B.
Quanto a mim, resta bancar a Polyana, jogar o jogo do contente e torcer, não pelo campeonato do meu time, mas sim para que o futebol prevaleça em cima de toda a lama. Pois senão, sugiro que o assunto Campeonato Brasileiro mude-se tranquilamente da editoria de esportes para a de política. Sem prejuízo de conteúdo.
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