Lá estava ela. Amarela, redonda, de couro. Ou seria sintético? Bom, vai lá, não importa. o que importa é que ela estava lá. O cenário de fim de tarde com possibilidade de chuva parecia desanimador a olhos desavisados, mas para ela era momento de glória que se aproximava. Dentro da mochila parecia sentir que seria a estrela daquela noite. E não estava errada. Saiu para o piso de concreto. Solitária rolava pela quadra, amarela, viva. Mais nada além dela. Ao fundo o sol tentava se por, competindo com as nuvens pela liderança na paisagem de fim de tarde, junto com o mar. Mas quem reinaria absoluta, seria ela. Assim que apareceu redonda e amarela, como um enxame de abelhas, começou a aparecer gente. Gente de todas as cores, credos, classes sociais, times e visões políticas. Homens e mulheres, crianças e adultos. Tudo para ve-la. Montaram-se times, três, não, quatro, chegaram mais alguns: - E aí podemos entrar "de próximos"? - Claro, só esperar, melhor de três, são quatro na linha